Aquisição aqueceu o mercado de escritórios da capital fluminense no terceiro trimestre
O mercado de escritórios no Rio de Janeiro demonstrou forte absorção no terceiro trimestre de 2025, impulsionada por um evento pontual relacionado à expansão das operações da Hapvida na capital fluminense. O preço médio continuou subindo de forma moderada e chegou a R$79,68 por metro quadrado, segundo o estudo MarketBeat, da Cushman & Wakefield. No total, foram transacionados 45,7 mil metros quadrados de escritórios classe A e A+ durante o período, com recuo da taxa de vacância para 26,54%. O estoque total é de 1,5 milhão de metros quadrados.
Um único contrato do setor de saúde representou mais de 80% do total transacionado no período. Trata-se da ocupação integral do empreendimento que abrigava a sede da Universidade Corporativa da Petrobrás, na região da Cidade Nova, pela Hapvida, que pertencia a fundos de investimento.
À EXAME, a companhia explicou que a expansão na capital fluminense contempla a construção de um novo hospital de alta complexidade, com 250 leitos, estrutura para atendimentos eletivos e parque diagnóstico moderno, voltados ao público adulto e materno-infantil, com alas de hotelaria premium. A expectativa é de que o hospital abra as portas no segundo semestre de 2026.
“Nessa unidade, o investimento previsto é de aproximadamente R$ 300 milhões, e o hospital atenderá clientes dos planos Hapvida e também beneficiários de outras operadoras”, explica André Melo, VP de infraestrutura da companhia.
Na prática, foi essa aquisição que movimentou o mercado carioca de escritórios. Sem ela, o crescimento teria sido moderado. Logo, ainda não há uma recuperação generalizada da demanda.
O plano da Hapvida
No mesmo bairro, a Hapvida já conta com uma outra unidade hospitalar, com 4,3 mil metros quadrados de área, 14 leitos operacionais e 8 consultórios. Mas há um plano para ir além da Cidade Nova.
Só no Rio de Janeiro, a meta é investir cerca de R$ 380 milhões, enquanto o plano nacional expansão prevê aportes superiores a R$ 2 bilhões para ampliar e modernizar a estrutura assistencial da companhia.
“O planejamento contempla a construção e inauguração de 10 novos hospitais no país, o que representará cerca de 1,8 mil novos leitos, além de outras unidades assistenciais em diferentes estados”, explica Melo.
O objetivo é fortalecer a infraestrutura própria e requalificar unidades já existentes.
“No Rio de Janeiro, as novas localidades foram definidas com base em critérios estratégicos, priorizando proximidade com a população e demanda regional por serviços de saúde”, complementa.
Entre os destaques, está ainda o retrofit completo do Hospital Santa Martha, em Niterói.
Fonte: EXAME.com





